segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sociedades Secretas

Sociedades.

Não se decidiu até hoje se estas existem ou não. Pode ser que seja apenas um fruto da ideologia de uma classe ditadora e não um conceito sociológico per se. O fato é a existência de um sinônimo que explicita sociedade como um quatitativo de cidadãos de um país regido por um sistema político, instituições nacionais e um conjunto de normas próprio.

Sociedade vem do latin societas "aliança amigável", este por sua vez deriva de socius "companheiro". Mas a etimologia não é o objeto de estudo deste texto e sim o quão podemos ser surpreendidos pelas coisas incompreendidas no nosso universo.

Dentro de uma determinada comunidade, sociedade ou qualquer outro nome que seja dado, pelo menos nos termos racionais (na biologia, sociedade significa um grupo de animais que vivem em conjunto tendo algum tipo de divisão de tarefas), existem grupos e associações adjacentes, obscuras, escondidas debaixo dos panos que muitas vezes passam despercebidas pela massa de indivíduos preocupados com sua rotina costumeira. Maçons, Illuminati, Strigoi, a Sociedade do Anel (?), entre outros são exemplos clássicos do que falamos. Todas as grandes metrópoles possuem grupos desse tipo e como tal, Brasília não é diferente.

Por outro lado, Brasília engloba por trás de sua face de cidade política comunidades inteiras de pessoas gentis, legiões de intelectuais, grupos extensos de babacas e uma reca sem precedentes de idiotas sem cérebro mas todas estas não são secretas e sim implícitas. Nesse caso, nem uma organização formal existe! Apenas uma troca de afinidades e juízos de valor que mantém seus componentes unidos.

As sociedades secretas podem funcionar das maneiras mais diversas: De cunho fechado aceitando membros apenas por indicação, de grupo social (emos), de classe financeira (academia de tênis? quem malha naquele lugar?) ou podem até mesmo nem ter a pretensão de serem secretas.

É exatamente o sentido que tento colocar em epígrafe. Esse tipo acaba por exemplificar apenas um mundo diferente cujas pessoas que não vivem nele, estão numa superfície, universo tão distinto que não realizam sua existência. Acabam cegas pela sua própria noção de ver as coisas e esquecem de manter os ouvidos atentos ao burburinho sussurrado nas entrelinhas de uma conversa despreocupada.

As pessoas reunidas nesses lugares dos mais conflitantes sabores os frequentam afim de conseguir algo de interesse mútuo, seja bebendo do mesmo cálice ou perambulando pelas árvores durante a noite. O líquido profuso descendo pela garganta ou o vulto soturno caminhando lentamente e olhando-o mesmo que você não veja o brilho de seus olhos, não é o êxtase que se busca: A verdadeira contenda e anseio se foca no objetivo a ser atingido.

Isto é tão forte que pode trazer pessoas solitárias para locais assim e revoltar outras que passam em frente estranhamente sapientes do que se passa e ao mesmo tempo fora de contexto. Aquilo que nos resta em momentos assim, no que tange os fora de contexto, é um retrato contemporâneo das velhas algaravias medievais de camponeses atirando pedras à moça albina, condenada de bruxaria pelo seu defeito genético, ou no velho herborista praticante de medicina com corpos roubados de um cemitério qualquer, só que mais verbal do que físico logicamente.

Elencados esses argumentos, podemos concluir que a sociedade tem como uma de suas funções trazer a satisfação de desejos e necessidades dos seres que a compõe, que não precisam ser necessariamente nobres ou aceitos por todos, mesmo que outros seres, componentes ou não dessa sociedade, não saibam disto.

A vida muda e o contexto muda quando conhecemos uma sociedade diferente. Somos engolfados por uma tempestade de novas texturas e impressões que jamais poderíamos imaginar que aconteciam ali, debaixo de nossos bigodes. Cabe a nós apenas escolher
entre o conhecimento e a ignorância a partir do instante que a oportunidade nos é oferecida.
Você sabe do que estou falando?
Carmani

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