segunda-feira, 1 de junho de 2009

Inexistência...

(Primeiramente eu gostaria de pedir desculpas para todos aqueles que visitam este site. Estive ausente por algumas semanas por motivos de força maior. Não fazia idéia de qual era meu e-mail rsrsrs. Agradeço às visitas vindouras daqueles que persistem em verificar se há postagens novas e declaro que voltei ao funcionamento normal de minhas atividades.)


Inexistência...

Algum tempo já havia se passado desde a última vez que havia conseguido se aproximar de alguém com um interesse repentino. Era difícil compreender os viéses que cercavam as pessoas: Suas indecisões e sua complexidade diante de fatos simples e viáveis de uma vida comum. Lutava todos os dias para não padecer defronte pensamentos batidos e atitudes recorrentes em pessoas distintas!

Muitas noites passaram desde que falou de seus sentimentos para aqueles desconhecidos ternos pela última vez. Levando em consideração tal falta, o derradeiro dos fatos foi realmente impressionante.
A noite caía plácida num contexto extremamente incomum para Brasília: Eventos agitados aconteciam em três pontos diferentes da cidade, e seus habitantes se concentravam, dividindo-se pelos estilos e vontades nesses três locais para beber, divertir-se e liberar as feras presas dentro de si mesmos.

Quantas investidas numa parede de tijolos seriam necessárias para que aquele rapaz amargurado encontrasse aquilo que desejava?
Sentia saudades fortes daquilo que havia tido e lhe foi tirado.
Sentia mágoa por ter perdido aquilo que um dia encontrou e que logo depois, talvez por prudência mundana, talvez por egoísmo, refutou veementemente.

Uma estrela Brilhou no céu escuro, solitária, e uma outra junto com muitas outras, na pista de dança, que formava o asfalto escuro. Os rodopios velozes e precisos somados ao sorriso jovial atraiam a atenção das pessoas em volta do garoto cheio de alegria.

A paixão pela dança fluía pelas suas veias assim como o suor descia despreocupado pela testa. Com um chapéu bem encaixado na cabeça, seu rosto ficava meio oculto, deixando apenas os dentes aparecerem anuviados, enquanto exibia orgulhosamente as damas que lhe concediam o prazer de valsar junto a elas ao som da sanfona e do triângulo.

De repente, a escolhida surgiu e o sorriso abriu-se maior e mais radiante do que nunca. O sol daquela noite só poderia estar concentrado naqueles sedosos cabelos loiros. O mel das bebidas vendidas a um preço exorbitante, nem em dez gerações conseguiria superar o doce daquela boca, e porfim, as passadas precisas, quase clínicas, do dançarino perspicaz, não eram páreo para aquelas curvas desenhadas com cuidado perfeito pelo Criador.

Desde a radiância dos cantores esperados até a hora da despedida na chuva, permaneceram juntos.
Tudo parecia tão bem.
Talvez se soubesse de antemão que nada daquilo que parecia estar acontecendo era verdadeiro, teria se relegado a ficar dançando até que o dia mostrasse sua face. Entretanto, o péssimo hábito de se importar e acreditar nos outros fez com que ele se aproximasse, conversasse, sorrisse e abrisse seu coração para alguém que nada mais queria além de uma noite divertida com um desconhecido qualquer.

Ah, dor que se alastra, pensamento que atormenta: Errei novamente! Fui vencido pellos jogos sociais, minha confiança na pessoa alheia traiu-me mais uma vez!
E tudo aquilo que conseguia pensar quando no Domingo (tudo aconteceu no Sábado) deitou a cabeça no travesseiro, era uma pergunta macabra, desanimadora e niilista para os apaixonados de todo o mundo:

Será que ela realmente existe?
Carmani

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